sábado, 20 de novembro de 2010
SARTREARIZANDO POR AÍ OU O INFERNO SÃO OS OUTROS (COTIDIANESCO II)
"Nenhum de nós chegou onde está exclusivamente através do impulso de nossos próprios pés. Chegamos aqui porque alguém se inclinou e nos alavancou."
( Thurgood Marshal )
Quando nos sentimos completos, perfeitos, é onde alicerçamos todas as nossas imperfeições e incompletudes. Deus que nos livre dessa desmedida e desumana arrogância. Não há porque, penso, de se adotar essa ou aquela postura: nem perfeito, tampouco profundamente incompleto.
Prezamos a humildade profissional ao reconhecermos que faltam muitos detalhes para que possamos desenvolver um trabalho a contento. Convictamente, afirmamos que não são pertinentes à competência técnica, até porque sempre valorizamos a prática da pesquisa. Esta ação é profundamente necessária, pois o cotidiano não se repete, cada dia, cada instante de nossas vidas não se repetem, cada ação implementada para a resolução de um dado problema, dificilmente será usada para uma outra ação futura, mesmo que tenha as mesmas características da anterior. O encaminhamento dado por um profissional de nossa área a um problema surgido no seu dia-a-dia, possivelmente não seria o que daríamos, principalmente por não estarmos nesse cotidiano, por não conhecermos os sujeitos envolvidos naquele processo. Não seria, por isso, aquele(a) profissional menos competente do que nós ou mais, se, no nosso entendimento, tenha tido uma decisão acertada. Neste momento, aproveitamos o ensejo para afirmar a contextualização do pensamento que ilustra a abertura desse texto: se chegamos onde estamos, é porque alguém se inclinou e nos alavancou. Precisamos socializar esta prática.
Precisamos desenvolver alguma ação conjunta, visando amenizar ou, até mesmo, acabar com certas dificuldades apresentadas por número significativo de alunos. A nossa clientela não é a que todo gestor, equipe técnico-pedagógica e docentes sonham em ter Cada vez mais percebe-se que as coisas se complicam no macro contexto, dificultando, enfraquecendo, as nossas ações no micro. Individualmente penso que preciso fazer alguma coisa, mas, confesso, também aqui, as relações entre OE e SE não se estabeleceram de maneira a que pensássemos em conjunto. Em nossas ações não se vislumbram convergências. Ela não me é e nem se faz simpática, e eu, confesso, não faço esforço nenhum para que tal aconteça; portanto, ela lá e eu cá e os professores em outra parte, que não se sabe onde. Excelentes profissionais em suas ações individualizadas, mas que ainda não conseguem se perceber enquanto um grupo capaz de ações coletivas, indisciplinares... competências já demonstraram que tem e de forma alguma consigo perceber arrogâncias acadêmicas entre eles. Demonstram um estado de bem estar interessante entre eles, que se gostam. Faltam-lhes orientações pedagógicas.
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