Há, aproximadamente, 17 anos, quando atuava enquanto Orientador Educacional em uma Unidade Escolar da Rede Municipal de minha cidade (as turmas que compunham esta unidade, eram o excedente de uma das escolas do sistema, constituídas de alunos das antigas 5ª e 6ª séries (hoje 6º e 7º anos)), uma espécie de anexo em função da demanda, que era muito grande, participava de uma reunião da Equipe Técnico-pedagógica na sala dos professores, quando fomos interrompidos abruptamente por uma jovem professora de Matemática, dizendo "não aguentar mais" a turma de 5ª série em que dava aula, pois os meninos não ficavam quietos um só instante e "era impossível dar a aula dela tranquila!"
Fui à turma (numa situação e num momento não muito agradáveis para mim, pois caracterizam a atitude do OE enquanto "apagador de incêndio", intercedendo numa ocasião em que se configura a ausência de autoridade do professor, para gerir a situação) fazer a minha ingerência pedagógica. No diálogo que tive com os meninos, tentei "pegá-los" pela palavra, primeiro querendo massagear-lhes os egos, mexer em suas auto-estimas, falando que não conseguia entender como que pré-adolescentes e adolescentes brilhantes, meninos e meninas que em muitas vezes tinham atitudes responsáveis, que denotavam terem objetivos nos estudos, na vida, vez ou outra apareciam com brincadeiras extremamente infantis, bobas, coisas de criançonas. Eu me negava a acreditar que em pleno século XX, já com o XXI na porta, vivendo uma era avançada em termos científicos e tecnológicos, não faltando muito tempo para que eles chegassem às suas escolas, num futuro bem próximo, com seus carros-naves espaciais (como projetado no desenho A Família JETSONS), modelos de telefones celulares tipo "cuticular" (um micro chip-voz por debaixo da unha do dedo mínimo e outro voltado para o áudio no polegar) e etc. Um deles dos que gostam de se sentar na "cozinha", que faz o tipo garoto que senta com a cadeira inclinada e encostada na parede, mascando uns dois, três chicletes, sai com essa fala curiosa: "Qualé Orientador, tá viajando na maionese?".
Abaixo, apresento um protótipo divulgado ao público em abril de 2011. A "maionese" está tomando forma!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=YxHL55BIjj8
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O que mais tenho observado são professores sem domínio de turma, achando que eu tenho como ferramenta uma varinha mágica.
ResponderExcluirAbraços