sexta-feira, 18 de março de 2011

Na era da internet, professores se armam contra plágio feito por alunos

SÃO PAULO – A facilidade que estudantes têm encontrado na rede mundial de computadores para plagiar textos alarma cada vez mais os professores, que buscam mecanismos para detectar trabalhos copiados da internet. Já há professores que começam a análise dos textos dos alunos com uma busca das frases na internet e até em softwares especiais.
Se sites como o Google ajudam os alunos a encontrar textos sobre o tema pesquisado,
eles também auxiliam os professores a identificar o plágio. A professora de pedagogia da Universidade de São Paulo (USP) Cláudia Pereira Vianna diz que busca no Google trechos de quase todos os trabalhos que recebe dos alunos:
- Eu começo lendo e já vou colocando (um trecho) entre aspas e fazendo uma busca no Google. E é impressionante como aparece. E nunca é de uma fonte única. Os alunos costumam copiar um pedaço de um autor, um pedaço de outro e colar no seu trabalho.
A rotina de correção de Cláudia é mantida apesar de os casos de cópia indevida em suas turmas terem caído desde que, há cerca de cinco anos, ela reprovou cerca de um terço de uma classe de 60 alunos por plágio. A professora passou a ter uma conversa sobre o assunto no início de cada semestre e a avisar que efetivamente lê todos os trabalhos.
Há menos de um mês, um caso no meio acadêmico chamou a atenção no Brasil. O
envolvido foi um professor demitido da USP, autor de uma pesquisa considerada plágio de estudos de cientistas do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na USP, programa compara resposta dos alunos
A preocupação de algumas universidades tem feito com que utilizem inclusive softwares específicos para detectar plágio. A Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas de São Paulo adotou, em 2009, um sistema em que os alunos mandam todos os trabalhos digitalizados para uma plataforma, que compara os conteúdos recebidos e checa se um aluno copiou o trabalho do outro. Depois, um software chamado Safe Asign analisa se os textos foram copiados de conteúdos disponíveis no banco de dados do Google do Microsoft Live Search.
Referência
RIBEIRO, Marcelle. Jornal O Globo (2011), “Na era da internet, professores se armam contra plágio feito por alunos”, Caderno O País, domingo, 13 de março de 2011, p. 4.
Figuras:
Primeira= Disponível em www.netdentista .com
Segunda= Disponível em www.linguagemdocencia.blogspot.com

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