domingo, 4 de março de 2012

O bordão do Chacrinha e as Novas Tecnologias ou "façam amor", literalmente, enquanto houver tempo


"Quem não se comunica, se trumbica." O bordão do velho, bom e saudoso Chacrinha, do inigualável e insubstituível Abelardo Barbosa, está mais atual do que nunca. Hoje as novas tecnologias tornaram-se imprescindíveis na vida do homem moderno. Sair  e perceber que deixou o celular em casa, tem a mesma conotação, transmite a mesma ideia de que  estamos sem uma peça de roupa importante para o nosso corpo.
As NTs vieram para exatamente facilitar as comunicações; mas, não existe nenhum manual, nenhuma exigência, nenhuma norma técnico-social que nos prive dos contatos presenciais, pessoais, tête-a-tète, cara a cara, de pele. Contato virtual que nos facilite, que nos possibilite, que nos disponibilize para o outro, para o abraço, o beijo, a fraternidade.
Ao pensarmos na ampliação do contato virtual, na construção de mais uma ferramenta que horizontalize o espaço para a possibilidade de mais  contatos, não queremos 'apologizar' , profetizar que estamos rejeitando o contato sócio-presencial. Muito ao contrário, acreditamos na força do contato entre os homens, na fraternidade, na conversa ao cair da tarde, no papo animado no bar, na partilha do visual do por do sol sentado na mureta da praia. Acreditamos no nascimento do amor, ali, tipo olho no olho e no fazer amor sem as interferências e necessidades da parafernália da nanotecnologia, das ciências como um todo. Não me imagino, confesso, com aqueles eletrodos na cabeça e na da minha companheira, experimentando um maravilhoso orgasmo ou - para felicidade geral da nação - múltiplos orgasmos. Quero liberdade para dentro da cabeça, mas com o maravilhoso e inigualável virar de olhinhos e do se esparramar na cama (ou seja lá onde for) para se revigorar com aquele sorriso de canto de boca, "monalisamente" feliz, "giocondamente" satisfeito em nossas necessidades primatas.
Colocadas essas reflexões, é imprescindível que nos policiemos para que o mouse e o teclado não se transformem em próteses, em extensões de nossos braços, do nosso corpo. É mister que nos preocupemos em evitar que, quando estivermos conversando, na mesa do almoço ou jantar em casa, num restaurante ou simplesmente passeando com a (o) namorada (o), a (o) noiva (o) ou a (o) esposa (o), não o façamos, dividindo a atenção entre ela(e) e o celular. Procurem fazer uma pequena investigação nas ruas. Observem mais as pessoas no dia a dia e se certifiquem se o que estamos alertando aqui, não seja o retrato da realidade. Quem sabe se assim, você não entre no esquema de, também, analisar as suas atitudes em relação a esse fato. Portanto, estamos cientes de que o homem criou a máquina, mas não queremos acreditar que a máquina venha a RECRIAR o homem. Pelo andar da carruagem (hoje está mais para trem bala!), é o que, infelizmente, está acontecendo.
Boa reflexão! Boas leituras!
Francisco Carlos De Mattos

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