domingo, 25 de novembro de 2012

'Pretobranquismo' das nossas salas de aula


Esses escritos foram construídos enquanto resposta a um fragmento de texto da amiga Karla Pontes.
A partir dessa, como venho sustentando, provocação, respondi o seguinte: Tenho algumas hipóteses. Quer conhecê-las? Não? Sem problemas, as mostrarei assim mesmo! Tenho algumas ponderações primeiro: quem pergunta, quer e/ou precisa de respostas, para satisfazer sua curiosidade ou para ratificar as que tem. Neste sentido, pode-se afirmar que quer do leitor as mesmas respostas que possui. Posso não confirmá-las... posso refutá-las... Só não posso, PROVOCADO do jeito que fui, do jeito que me deixo ser, responder do meu jeito, do jeito que aprendi a olhar, a olhar e aprender, a me envolver, provocado que sempre fui pelas diversas e diversificadas salas de aula que entrei e sai e que continuo entrando e saindo como aluno-professor-aluno. Neste processo vejo possibilidades de hipotetizar o, desculpe-me pelo neologismo, 'pretobranquismo' das nossas salas de aulas. O mundo está cada vez mais multiculturalizando-se, a vida se diversifica, as pessoas se modificam com possibilidades culturais múltiplas, com enriquecimento cultural de um mundo sem limites, mesmo através da internet. Temos hoje possibilidades de acessar, de 'entrar' nas mais renomadas bibliotecas do mundo sem sair da cadeira. O mundo dos nossos adolescentes, das nossas crianças, dos nossos jovens de um modo geral é repleto de cores, de vida, é movimento constante e cada vez mais crescente. Nós, professores, com raríssimas e raríssimas exceções, somos e nos colocamos inversamente proporcionais a todo esse movimento. Lei natural da vida. Enquanto estamos em processo de resfriamento hormonal, os nossos jovens estão em pleno de ebulição. Puros tesões, vontade de viver, de conhecer, de conquistar liberdades, autonomias, de extrapolar limites, inclusive dessa sala de aula meio que sepulcro e outro tanto de velório. Eles querem festas, celebração da vida,; enfim, eles querem, acredito muito nisso, construir conhecimentos, que os façam entender esse mundo cada vez mais cheio de possibilidades, de oportunidades. Com o modelo de currículo que temos, não adianta nem camuflá-lo com mudanças de terminologia. Não adianta trocar o termo grade por matriz, esperando que as concepções também mudem. Continua "GRADE" aprisionando criatividades, vontades, tesões. Um currículo multicultural seria o ideal. Quem sabe um dia?

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